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Após chuvas, açude Gargalheiras chega a 75% da capacidade de armazenamento

  • Foto do escritor: Ipanguaçu de Hoje
    Ipanguaçu de Hoje
  • 7 de fev.
  • 3 min de leitura

Após as chuvas recentes que caíram em todo o Rio Grande do Norte nos últimos dias, o açude de Gargalheiras, na cidade de Acari, na Região Seridó, atingiu 75% da capacidade de armazenamento de água, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (7) pelo Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn).


De acordo com o órgão, o Gargalheiras recebeu mais de 1 milhão de metros cúbicos de água em apenas 24 horas.

Em abril do ano passado, o reservatório sangrou após 13 anos, sendo motivo de festa para os potiguares e virando atração turística. Isso porque, no Gargalheiras, o transbordo acontece por uma parede de mais de 20 metros, proporcionando o que os sertanejos chamam de "véu de noiva" durante a queda d'água.

👉 Contexto: A "sangria" é o termo usado quando o reservatório chega à sua capacidade máxima e transborda. Patrimônio histórico, geográfico, paisagístico, ambiental e turístico do Rio Grande do Norte, o Gargalheiras serviu de locação para o filme "Bacurau" em 2018 e é um dos maiores açudes do estado.

De acordo com o Igarn, em comparação com a primeira semana de fevereiro do ano passado, a carga de água acumulada no Gargalheiras é bem maior: 75% contra 5% neste mesmo período em 2024.

Na época, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) buscava alternativas para evitar o colapso no fornecimento de água para Acari e Currais Novos, município vizinho que também é abastecido pelo reservatório. Juntas, as cidades têm mais de 50 mil habitantes.

Em janeiro, as chuvas ficaram acima do esperado no RN. Na Mesorregião Central, onde fica a Região Seridó, o esperado para o mês era de 58,2 milímetros, e foi observada uma média de 150,1 milímetros pela Unidade Instrumental de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn).

Segundo o Igarn, os 65 reservatórios públicos monitoras pelo órgão acumulavam, nesta sexta, 60,9% da capacidade de armazenamento de água, o que representa o maior volume desde 2012 (veja dados no final para o mês de fevereiro).


Período de seca e cenário de 'Bacurau'


O Gargalheiras passou por momentos difíceis com a falta de chuvas na região após a sangria de 2011, chegando a ficar completamente seco em alguns momentos entre os anos de 2017, 2018 e 2019.


Aumentos imporantes


Dois outros reservatórios da Região Seridó do Rio Grande do Norte também receberam recarga significativa após as chuvas dos últimos dias na região, segundo o Igarn: o Zangalheiras, em Jardim do Seridó, e o Açude de Cruzeta, em Cruzeta.

O volume do Zangalheiras subiu para 36,85% da capacidade total, tendo 2,91 milhões de metros cúbicos de água acumlada - na segunda-feira passada (3) o volume registrado era de 2,68 milhões.

Já o açude público de Cruzeta recebeu 3,24 milhões de metros cúbicos de recarga, acumlando atualmente 20,52 milhões, o que representa 87,13% da capacidade total. No início da semana, o porcentual era de 73,39%.

A Lagoa do Bonfim, que é ponto de captação de água para alimentar a Adutora Monsenhor Expedito, no Agreste, subiu de 56,5% para 58%.


Reservatórios menores


Reservatórios menores também apresentaram incrementos positivos, segundo o Igarn.

O açude Sossego, em São Fernando, fechou a semana como volume de água acumulado em 59,5%. Já o Riachão, em Rodolfo Fernandes, com 49,5%


Maiores barragens


Maior reservatório do RN, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves acumula 65,84% do total da capacidade de armazenamento, caindo um pouco em relação ao relatório anterior, quando estava com 65,95%.

A Barragem Santa Cruz do Apodi fechou a semana com 70,1%, segundo Igarn, e a de Umari, em Upanema, com 76,9% da capacidade.

Volume de água armazenada considerandos os reservatórios monitorados na primeira semana de fevereiros nos últimos anos, segundo o Igarn (%):


  • 2025: 60,97%

  • 2024: 50,09%

  • 2023: 43,55%

  • 2022: 39,39%

  • 2021: 43,01%

  • 2020: 22,36%

  • 2019: 21,09%

  • 2018: 10,59%


Lembre reportagem de quando o Gargalheiras sangrou, em 2024, após 13 anos:

 
 
 

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