Durante o carnaval, milhares de brasileiros acionaram o programa Celular Seguro; adesão ao serviço ainda é muito baixa
- Ipanguaçu de Hoje
- 15 de fev. de 2024
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Durante o carnaval, milhares de brasileiros acionaram o programa que protege os dados do celular em caso de furto ou de roubo.
A advogada Maria Luiza Albuquerque Mochi saiu do Paraná para passar o carnaval em Belo Horizonte. No segundo dia, a folia acabou mais cedo. Ela e a amiga Ana Luiza tiveram os aparelhos celulares furtados no meio do bloco.
“Que eu olhei para baixo, eu notei que o zíper da bolsa estava aberto e ele não estava antes, aí que eu abri a bolsa eu vi que já tinha sumido”, conta.
As duas não tinham o programa Celular Seguro, do governo federal, e tiveram dificuldade para bloquear todos os serviços.
“Para falar a verdade, eu nem sabia da existência até o dia mesmo que a gente foi atrás das coisas para recuperar tudo e bloquear tudo. Aí que a gente soube”, diz a fisioterapeuta Ana Luiza Fernandes Fabossi.
O programa Celular Seguro começou a funcionar em dezembro de 2023 em várias plataformas. Com ele, é possível notificar de uma só vez a Anatel, a Agência Nacional de Telecomunicações, as operadoras de telefonia, os bancos, para impedir o quanto antes que os bandidos tenham acesso aos dados e aplicativos.
A ideia do programa é facilitar o bloqueio do aparelho celular e reduzir os prejuízos para os donos. Mas a adesão ao serviço em todo país ainda é muito baixa. Dos quase 250 milhões de smartphones existentes no Brasil, apenas 1,2 milhão estão cadastrados até agora.
Para se cadastrar, é preciso baixar o aplicativo ou entrar no site, e usar a mesma senha do gov.br. É necessário informar os dados pessoais, o número do telefone e a operadora. É possível registrar o aparelho e incluir um contato de confiança, alguém que também vai poder pedir o bloqueio caso seja necessário.
Desde o dia 19 de dezembro, data em que o programa começou, até a quarta-feira (14), foram quase 23 mil pedidos de bloqueio; a maioria por roubo ou furto. Mais de 10% dos pedidos aconteceram nos quatro dias de carnaval.
Em São Paulo, por exemplo, a polícia prendeu uma mulher que guardava 18 celulares dentro de uma bolsa pequena e mais quatro escondidos na roupa.
Para o especialista em segurança pública, o programa pode ajudar, mas é preciso combater com mais eficiência esse tipo de crime.
“O bloqueio do celular furtado ou roubado é fundamental para evitar ou pelo menos inibir o cometimento desse tipo de crime. Aí depende muito do usuário, da vítima, participar desse programa do governo federal que é muito útil, muito prático, e pode diminuir a incidência do fenômeno. Porque o celular bloqueado perde muito do valor dele de revenda”, explica Luis Flávio Sapori, especialista em segurança pública da PUC-MG.
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