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General Mario Fernandes lê relatório da PF e prepara defesa

  • Foto do escritor: Ipanguaçu de Hoje
    Ipanguaçu de Hoje
  • 2 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Preso desde o dia 19 de novembro e indiciado pela Polícia Federal por participação em um plano golpista, o general Mario Fernandes se dedica à leitura das 884 páginas do relatório final da investigação, no qual é apontado como uma das peças-chaves.

O ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência do governo de Jair Bolsonaro (PL) já recebeu a visita da esposa e filhos no Comando da Primeira Divisão do Exército na capital fluminense, onde está detido.

A CNN apurou que o militar está abatido e quer entender o que está sendo atribuído a ele para buscar uma reação. Advogados levaram uma cópia do relatório ao general e, segundo fontes, ele iniciou a leitura nesta segunda-feira (2). Depois disso, os advogados vão estabelecer a estratégia de defesa.

Em conversas reservadas, pessoas próximas a generais suspeitos de participação na trama golpista veem com preocupação a estratégia de defesa de Bolsonaro e temem ser responsabilizados pelo ex-presidente.

O argumento é que o ex-mandatário não sabia da conspiração, que envolveu até mesmo um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).



O general Mário Fernandes, segundo a investigação, daria apoio material e financeiro, além de orientar os participantes das manifestações antidemocráticas em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, em Brasília. O militar da reserva também teria atuado na tentativa de golpe de Estado e assassinato de autoridades.

Em mensagens identificas pela PF, o general Mario Fernandes em conversa com o coronel Marcelo Câmara, então assessor de Jair Bolsonaro (PL), sugere que o ex-ministro e general Braga Netto assuma o Ministério da Defesa. Na ocasião, Braga Netto havia sido companheiro de chapa de Bolsonaro nas eleições presidenciais.

Como mostrou a CNN, o ex-presidente conheceu em 2019 o general da reserva Mário Fernandes, durante agenda oficial no Comando de Operações Especiais (COpEsp), em Goiânia, onde ficam os chamados “kids pretos”.

Nesta segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a transferência de Mário Fernandes e do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo para Brasília. Os dois deverão ficar presos em unidades dentro do Comandante Militar do Planalto (CMP).

Os dois têm formação nas Forças Especiais do Exército, grupo de elite cujos militares são conhecidos como “kids pretos”, treinado para atuar em missões sigilosas com ambientes hostis e politicamente sensíveis.

 
 
 

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