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Obra para engorda da praia de Ponta Negra tem pausa nas atividades 4 dias após início

  • Foto do escritor: Ipanguaçu de Hoje
    Ipanguaçu de Hoje
  • 3 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

A obra para a engorda da Praia de Ponta Negra, em Natal, estava parada nesta terça-feira (3), quatro dias após o início da execução. A promessa da empresa DTA Engenharia e do Município de Natal era de que a obra ocorresse praticamente 24 horas por dia durante cerca de 3 meses, até a conclusão.

O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb), Thiago Mesquita, disse que nos primeiros dias de obra são normais testes mecânicos de equipamento. Além disso, segundo ele, a Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), contratada pelo Município, sugeriu uma pausa de até 7 dias nas obras para concluir, em laboratório, a análise dos sedimentos que estão sendo retirados.

"Para que eles possam avaliar tanto o aspecto volumétrico quanto o aspecto relacionado à qualidade do material que será colocado na praia. Então, é um procedimento normal, faz parte do cumprimento das condicionantes do Idema [Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente] e faz parte também da responsabilidade ambiental que o Município vai ter em colocar o material que tenha quantidade suficiente", explicou.

A DTA Engenharia informou que não vai, neste primeiro momento, se pronunciar sobre o assunto, mas garantiu que não houve nenhum problema com a draga.

Na manhã desta terça-feira, a draga se deslocou entre a Praia de Miami e a Via Costeira, mas não chegou a acoplar a estrutura na tubulação em Ponta Negra. Na projeção da obra, o maquinário retira areia de uma jazida na altura de Mãe Luiza e leva até Ponta Negra.

Banhistas e trabalhadores da praia contam que o cenário tem sido esse há pelo menos três dias, sem movimentação de máquinas ou operários na beira da praia.

Nesta terça, operários e máquinas estavam no canteiro de obras da engorda, onde fica o alojamento e ponto base dos funcionários da empresa que ganhou a licitação.

O investimento inicial para a obra da engorda é de R$ 73 milhões, com previsão de duração de 94 dias.

Segundo o secretário, a pausa momentânea não interfere no cronograma, porque está contida dentro do prazo de execução de cerca de três meses.

"Os primeiros dias são dias normais de qualquer engorda do mundo, de fazer uma análise de teste mecânico com equipamento, testar as duas bombas que fazem parte da draga, as tubulações que foram acopladas ao equipamento, essa parte mecânica é natural que se demore alguns dias para amaciar e fazer esses testes do equipamento. E também o teste da parte de sedimentos", acrescentou o secretário.

A engorda prevê criar um aterro de cerca de 4 km entre a Via Costeira e o Morro do Careca. A previsão é de que a faixa de areia da praia fique com até 100 metros, na maré baixa, e com 50 metros na maré cheia, após o fim da obra.


Como funciona a obra



  • A areia será tirada de um banco de areia localizado a cerca de 7 km da costa. Segundo a prefeitura de Natal, saindo em linha reta, a jazida ficaria de frente ao farol de Mãe Luiza.

  • Na obra de Ponta Negra, a equipe estima que vai usar 1 milhão de metros cúbicos de areia.

  • A draga é um navio com uma tubulação de sucção que é arrastada à medida que navega. Essa tubulação funciona como um aspirador, que suga a areia junto com a água do mar.

  • Após ser sugada, a areia fica armazenada em cisternas do navio, que possuem capacidade de 2800 metros cúbicos - o equivalente a 700 caminhões de areia com 4 metros cúbicos, cada. O excesso de água volta para o mar.

  • O navio se aproxima da praia, a cerca de 500 metros, e engata tubos que já ficam instalados ao longo do trecho que será aterrado.

  • Em seguida, o navio bombeia a areia junto com água para a praia.

  • A água com areia decanta na praia e equipamentos como escavadeiras espalham o material para conformar a praia de acordo com o projeto.



 
 
 

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